A
noite de sábado, tradicionalmente, é a mais fraca de todo o certame, pois além
de ser a noite que fica a meio do mês (financeiramente mais complicada) é
também a noite antes do Domingo de Páscoa, por isso há poucas pessoas na cidade
e por isso menos gente no recinto. Infelizmente, para os fantásticos Virgem
Suta, este ano não foi diferente.
O
recinto estava muito aquém do esperado pelo grupo, poucas pessoas marcaram
presença na frente do palco, podendo até afirmar-se que foi, de sempre, a pior
noite de afluência da Feira de Março. Mas nem por isso a qualidade do
espectáculo foi diferente, como era de esperar o grupo subiu ao palco para se
divertirem, enquanto divertiam os presentes, fazendo a festa e apresentando a
sua música.
Não
era o nome mais sonante do cartaz, por isso apenas os seus fãs e seguidores
conheciam todos os temas, acompanhando cada nota tocada e cada verso
apresentado, contudo alguns dos temas mais populares, como “Beija-me na boca”,
“Dança do Balcão” ou até mesmo “Maria Alice”, fizeram com que os presentes
animassem um pouco.
Fazia-se
sentir um frio característico do mês e até da própria Feira de Março, mas nem
por isso os presentes arredaram o pé e chegavam cada vez mais curiosos. Os
Virgem Suta têm um jeito muito peculiar de apresentar os seus temas e até de os
interpretar, com expressões mais dramáticas, outras mais fluídas, podendo até
dar a ideia aos menos conhecidos de que estes apresentam algum tipo de
alteração no organismo, contudo tudo não passa de um jeito teatral de
apresentar um espectáculo fantástico.
Não
foi a melhor noite de todo o cartaz, é verdade, porém tendo em conta as
circunstâncias, o frio que se fazia sentir e ainda o dia que era, foi uma noite
interessante, que mostrou aos aveirenses quem é Virgem Suta e qual o tipo de
espectáculo que têm para apresentar, fomentando a curiosidade e criando até
alguma ligação.
Fotografia: Ana Martelo
Texto: Arminda Esgueirão
Texto: Arminda Esgueirão