A economia tem esmagado as economias familiares, e muitas vezes quem sofre é a cultura, a música e os concertos.
Aumento dos preços dos bilhetes
Ao longo do tempo pós pandemia, os portugueses descobriram a dura realidade do custo "exagerado" da música em Portugal.
Não é por culpa dos artistas, dos promotores ou de outros agentes que passam pela música, mas ao longo dos últimos tempos os bilhetes dos concertos tornara-se incomportáveis para a maioria.
No entanto, esse aumento não tem levado a que as salas ou os recintos de concertos ou festivais fiquem vazios.
Os portugueses continuam a fazer um esforço, prioritizando o momento esquecendo os planos que antigamente eram feitos para um futuro.
Na impossibilidade de ter um pé de meia, os portugueses já não olham muito a poupanças, e pensam em viver o hoje. E isso significa uma permissão de comprar um bilhete um pouco mais caro por exemplo para um festival.
Custo dos bilhetes dos festivais
Apesar da conjectura económica, da guerra, do aumento dos combustíveis e da habitação, é fácil acreditar que nos primeiros meses do ano, começam a surgir a notícia de alguns festivais têm dias esgotados.
Sendo manobra de marketing ou não, as pessoas continuam a ter bastante vontade de ir a concertos.
Desde há muito tempo que alguns festivais praticam preços que ronda o valor diário entre 50 e 100 euros. O que pode não ser exagerado face á posibilidade de ver alguns artistas de relevo mundial.
Ser um evento que as pessoas não têm por hábito fazer todas as semanas, leva a que essa excepção permita um maior gap de valores.
Quando falamos da experiência do festival e de valores entre 50 a 100 euros, pode ser falado depois nas experiências vips, lugares premium que cada vez mais são fomentados nos festivais e nos concertos.
Concertos com os maiores preços de sempre
No último ano, milhares de bilhetes foram vendidos para concertos com preços acima dos 50 euros. Mas o que leva uma pessoa a não gastar num jantar 50 euros "porque a vida está cara" e vai facilmente comprar um ou mais bilhetes com valores que muitas vezes superam os 200 ou 300 euros?
Esta alavancagem do preço dos bilhetes e a procura dos concertos também é fruto das campanhas de marketing mais intensivas nas redes sociais, e na procura de fazer parte de grupos.
Bilhetes para Coldplay
Um dos melhores exemplos foi o concerto de Coldplay onde, num periodo pós-pandemia e com um pouco de publicidade em plenos telejornais, os Colplay conseguiram vender bilhetes para quatro Estádios Municipais de Coimbra.
Será que as mais de 200 mil pessoas que compraram o bilhete justificariam como racional todo o desejo de comprar um bilhete que no minimo custava 65 euros existindo pacotes vip a custar 500 euros.
Considerando que são uma das maiores bandas da actualidade, os Coldplay merecem o respeito o público mundial, mas tal como muitos negócios, a sustentabilidade dos concertos a estes valores pode ser passageira.
Preços de concertos de Madonna a Tony Carreira
Os preços dos concertos têm aumentado o que para muitos é um exagero.
Nos dois concertos de 2023, Madonna colocou os seus bilhetes entre 40 e 300 euros, o que poderia levar a uma faturação de cerca de 5 milhões de euros em duas noites. Recorde-se que o valor da plateia de pé (localizada para trás do meio da arena) custavam 175 euros.
Em 2008, a artista fez um espetáculo para 75 mil espetadores no Parque da Bela Vista onde tradicionalmente é feito o Rock In Rio e os bilhetes custavam apenas 60 euros.
Mas não são apenas os artistas internacionais que têm aumentado os valores dos bilhetes dos concertos. Um dos maiores recordistas de presenças no Pavilhão Atlântico, Tony Carreira tem pouco a pouco aumentado o valor dos bilhetes para aquele que é considerado como o maior concerto do ano.
Recorde-se que um bilhete do artista português antes da pandemia custava 45 euros (Plateia A) antes da pandemia, tendo sido anunciada uma tournee em conjunto com uma conhecida marca de supermercados onde o valor do bilhete é de 15 euros.
