Miguel Araújo - Balada Astral
Quando Deus pôs o mundo
E o céu a girar
Bem lá no fundo
Sabia que por aquele andar
Eu te havia de encontrar
Minha mãe, no segundo
Em que aceitou dançar
Foi na cantiga
Dos astros a conspirar
Que do seu cósmico vagar
Mandaram o teu pai
Sorrir pra tua mãe
Para que tu
Existisses também
Era um dia bonito
E na altura, eu também
O infinito
Ainda se lembrava bem
Do seu cósmico refém
Eu que pensava
Que ia só comprar pão
Tu que pensavas
Que ias só passear o cão
A salvo da conspiração
Cruzámos caminhos,
Tropeçámos num olhar
E o pão nesse dia
Ficou por comprar
Ensarilharam-se
As trelas dos cães,
Os astros, os signos,
Os desígnios e as constelações
As estrelas, os trilhos
E as tralhas dos dois
"E aqui está a primeira música a sair do lote das faixas que fazem parte das "Crónicas da Cidade Grande". Esta versão foi gravada mesmo assim, ao vivo nos Boom Studios, sem cortes nem edições. Aquele saravá do coração ao João Martins e ao João Bessa, que produziram o disco comigo, e a todos os músicos cujo talento e generosidade compõe este novo álbum.
Obrigado ao grande André Tentugal pelo vídeo. Um grande beijinho à Inês Viterbo por cantá-lá tão bem. Obrigado à Rádio Comercial pela força, mais uma vez. E claro, aquele saravá ao Luis e à Maria, cujo casamento serviu de mote a esta Balada Astral e permitiu que eu conhecesse os talentos de uma tal Inês, que eu desconhecia até esse dia. Espero que gostem!" Foi assim que Miguel Araújo Jorge que apresentou o seu novo tema. Digam o que acharam de "Balada Astral".
Miguel Araújo - Crónicas da Cidade Grande
2 José
6 Cartório