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QUEENS OF THE STONE AGE  @ SUPER BOCK SUPER ROCK 2013


Se houve banda a concentrar as atenções de todos o recinto – 30 mil pessoas no Meco, segundo a organização – foram os Queens of the Stone Age. Hoje constituídos por Josh Homme na voz, Troy Van Leeuwen na guitarra, Dean Fertita nas teclas e na guitarra, Michael Shuman no baixo e Jon Theodore na bateria, os Queens of the Stone Age são donos e senhores de um rock contemporâneo elevado ao expoente máximo da qualidade.

“You Think I ain’t Worth a Dollar, But I Feel Like a Millionaire” do já saudoso Songs for The Dead, de 2002, abre a hostilidades, sendo é apresentada por um estilhar de vidros no ecrã que suporta a banda , mas é a louca e frenética “No One Knows” que deixa os festivaleiros do Meco num estado completo de puro êxtase. Berros que acompanhavam as melodias, muitos saltos – sofremos umas valentes pisadelas. Loucura generalizada.

Depois de um primeiro “hello” por parte de Josh Homme, ouvimos “My God is The Sun” do novo álbum “… Like Clockwork”,e a atenção do público faz-nos perceber que não conhecem apenas os grandes hits do passado dos Queens of the Stone Age, mas que também acompanham o trabalho mais recente da banda.

Josh Homme é um senhor de palco. Mais comunicativo do que é habitual, o senhor Homme transpira rock por tudo quanto é poros do corpo. Aqui não há grandes canções, e o seu movimento muito característico de anca que utiliza para tocar penetra-nos o olhar ao ponto de nos fixarmos apenas nele. E, ainda que a voz não tenha estado a 100 porcento – era o último concerto da digressão – o mentor do grupo fez de tudo para dar um excelente momento aos portugueses. Sublime.

Logo de seguida ouvimos “Burn The Witch” e a famosa “Sick, Sick, Sick” que levou à aclamação da plateia. Já “The Vampyre of Time and Memory” uma balada sombria, mostrou-nos os dotes ao piano de Josh Homme, e serviu de introdução para a mais recente “If I Had a Tail”, na ponta da língua do público presente do Meco.

São tantos os hits que acabamos por ter algumas dificuldades em escolher os mais fortes. Por exemplo, em “Little Sister” vimos acontecer imensos mosh e respirava-se muito pó. Já “Make It Wit Chu” pode ter acalmado os ânimos, não significando, porém, um momento que não fosse digno de registo. Primeiro, e a pedido do vocalista, cantaram as “ladies”, para depois todos os homens e mulheres se transformarem num fenomenal e único coro solista.

Um concerto só consegue ser épico se contar com a ajuda de temas mais antigos e conhecidos do público e, por isso mesmo, as seis músicas restantes foram a última cartada do grupo. Um grupo de trunfos fortíssimos, que nos deram uma injeção letal de energia.

Com “I Appear Missing”, “I Think I Lost My Headache” e “The Lost Art of Keeping A Secret” vimos o stoner rock dos Queens of the Stone Age dar frutos, e com “Feel Good Hit of the Summer” podíamos resumir um mundo de experimentos onde a banda está/esteve situada – nicotine, valium, vicodin, marijuana, ecstasy e álcool.

Foram as últimas duas músicas que criaram a maior mossa. “Go With the Flow” esplendorosa, terminou para dar o concerto por encerrado com “A Song for the Dead”. E não, o Meco não estava morto, e os Queens of the Stone Age muito menos.

A última vez que os vimos foi em 2005, em Paredes de Coura. Passaram oito anos, e os Queens of the Stone Age provaram que ainda estão vivos e prometem continuar a destruir recintos por esse mundo fora. Da nossa parte, só os queremos ver rapidamente de novo. Que não demorem a regressar.

Data: 2013-07-20
Fotografia: Sónia Pena
Texto: Alexandre Lopes

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