Luís Represas - Tomara
O dia nasce
E tudo é paz
Céu revela-se maior
E o canto e o sopro
Do vento que abraça a pele
Carinho vem
De onde se espera
O abraço faz parte de nós
Caminho andado
Para podermos descansar
Tomara que fosse sempre assim
Tomara que fosse
Tomara que fosse sempre assim
Tomara que fosse
Já sei quem era
Já sei quem sou
Quem somos nós a viajar
A terra é grande
É maior quando se dá
Já nada é meu
Todo o que não foi meu
E tudo é nosso por igual
Não temos muros
Nem grades para nos separar
Tomara que fosse sempre assim
Tomara que fosse
Tomara que fosse sempre assim
Tomara que fosse
A alma nua
O corpo errante
Em busca do que se perdeu
As mãos que afagam
São mãos que sabem resgatar
Assim nascemos
Assim seremos sempre iguais
Assim vivemos sem esperar
Somos areia
Poeira de estrela polar
Tomara que fosse sempre assim
Tomara que fosse
Tomara que fosse sempre assim
Tomara que fosse