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SCORPIONS @ MEO ARENA [REPORTAGEM]

Scorpions, Meo Arena, Concerto, Fotos

As filas em volta do Meo Arena faziam antever casa cheia e assim que entrámos podemos comprovar um pavilhão lotado de todas as idades que ansiava por ver, ou rever, os Scorpions.

Pouco depois das 21h as luzes apagaram-se e os gritos aumentaram, no ecrã ao fundo imagens da banda em 1983 no Festival de San Bernandino, anteviam que a música estava para muito breve.

Os primeiros acordes de “Sting in the Tail” surgiram sob a liderança de Kottack, que apareceu a uma altura não aconselhável para quem tenha vertigens, naquela que se pode apelidar de uma verdadeira entrada explosiva, com direito a chamas e a fogo de artifício.


O “Boa noite Lisboa” surgiu logo ao fim da segunda música e mais uma vez a resposta do público não se fez esperar à pergunta de Klaus: Is There Anybody There?”. Envoltos num espetáculo cénico de luzes e cor, adornado com as corridas incessantes dos guitarristas no palco e na passadeira que se desenvolvia por entre o público, de braços no ar mostravam a sua aprovação e cantavam com um entusiasmo que era crescente de “The Zoo” ou “Loving You Sunday Morning”.

The best is yet to come” trouxe para o palco a bandeira de Portugal e marcou a passagem para as sonoridades acústicas com “Send Me an Angel” e “Holiday”. Klaus Meine, Rudolf Schenker, Mathias Jabs, James Kottak e Pawel Maciwoda, lado a lado na frente de palco, mostraram sem “artifícios” a força da música dos Scorpions, com o público a assegurar o coro afinado.

De volta ao rock ouvimos êxitos como “Tease Me Please Me” ou “Blackout” até ao derradeiro “Big City Nights”, mas o destaque nesta série mais “pesada”, vai para o solo de James Kottak que, num verdadeiro ataque à bateria, nos levou numa viagem por entre a carreira dos Scorpions, que já vai quase com 50 anos, um número que realmente impressiona principalmente para todos os que testemunharam este concerto.

Para o encore ficaram reservados os já imortais “Still Loving You” e “Wind of Change” cantados a plenos pulmões com o público quase todo agrupado aos pares, terminando em beleza com “Rock You Like a Hurricane” e “There's No One Like You”.

Não sei se esta foi a última passagem por terras lusas, mas se foi é um fechar de ciclo bem lá no alto, pois parece que o tempo não passa para os Scorpions, que ano após ano, continuam a transmitir uma energia contagiante, que não se desvanece nem mesmo depois de duas horas de concerto...


Data: 2014-03-10
Fotografia: Pedro Figueiredo
Texto: Vânia Marecos